Google + Jovem Foodie: Sobre o autor

Sobre o autor

Quem me vê hoje em dia custa muito a acreditar, mas eu sou um ex-gordo. Fica mais difícil de acreditar ainda se eu disser que já cheguei a 96 quilos com 14 anos, que eliminei mais de 30, que não tomei remédio e não visitei nutricionista. E pior: ainda virei foodie com essa batalha.

Não lembro desde quando era gordo, mas sei que nem sempre fui assim. Em uma parte da minha infância eu era uma criança normal, com um peso adequado. Acho que eu comecei a ganhar peso quando entrei no “ginásio” (5ª série, ou o atual 6º ano), em 2005. Os lanches do colégio eram de graça (eu era sobrinho da moça da cantina), e muito bons. Tinha hambúrguer com queijo, ovo e bacon todo dia. Tinha como ser diferente?
Ganhei muito peso, mas não me importava com isso, eu era pré-adolescente e com mentalidade infantil e nem um pouco preocupado com aparência. Tudo mudou com a mudança pro ensino médio, quando eu saí do colégio da família para um outro totalmente “estranho”. Eu não conhecia ninguém, e demorei a me enturmar direito – não pelo peso, mas pela minha própria vergonha.
No primeiro ano do ensino médio, me mantive com a mesma pouca preocupação, e ADORAVA o hambúrguer de forno com cheddar do colégio. Cara, é MUITO bom, comia quase todo dia.
Em 2001 (peso normal), 2006 (vestido de polonês) e 2008 (oitava série)

Tudo é lindo e belo, até que vem a adolescência: um monte de colegas indo pra academia e querendo se exibir, a mídia bombardeando mensagens de “entre na moda”, as lojas que só vendem roupas que não cabiam... Adolescente é fraco pra isso, eu assumo. Eu me sentia um lixo quando ouvia uma piadinha sobre o meu peso, e morria de vergonha de ter que tirar a blusa na frente de alguém. Fazer esportes, com gordura e bronquite? Não dava.
Sei que foi no começo do meu segundo ano que comecei a namorar firme. Eu ainda era gordo, mas ela não. Que fique claro, não começamos o relacionamento por aparências e ela nunca havia comentado nada sobre meu peso (até porque foi um romance que começou de uma amizade), mas a gente SEMPRE quer ficar bonito pra quem a gente ama, e pra mim, ser bonito era ser magro. Foi aí que começou.

Eliminando peso

Pra começar o processo de emagrecimento, eu precisei notar que comer um pacote de Trakinas depois de um pratão de comida não era nem um pouco saudável, apesar de ser meu hábito diário. Isso, aliado a total falta de exercício (eu ia e voltava do colégio de transporte, apesar de morar a 15 minutos a pé do colégio) só podia resultar em quilos extras e altas taxas de colesterol, triglicerídeos e ácido úrico.
Comecei a pesquisar muito – e agradeço a internet por isso haha – sobre alimentação saudável, contagem de calorias, nutrição e saúde. Passei a incluir muitos vegetais na minha alimentação diária, troquei o hambúrguer com cheddar por uma maçã ou barra de cereais, passei a dispensar o transporte e me locomover a pé. Procurava muito material de informação sobre nutrientes, alimentação funcional... E também passei a anotar tudo o que eu comia para jogar em um “diário de calorias” – um site que fazia a contabilização do valor energético consumido. Foi um período difícil, mas decisivo.

Com essas mudanças de hábito, tive uma perda de peso rápida: em 6 meses, eliminei algo em torno de 25 quilos. Parentes, professores e amigos, todos ficavam até preocupados com minha saúde, mas eu estava sempre acompanhado por médicos.
Não vou dizer que foi tudo perfeito, que emagreci com a saúde perfeita, porque não foi. Tive um período curto com um princípio de anemia, e também passei por uma fase de hiponatremia (níveis baixos de sódio no sangue). Ê puxão de orelha que levei, principalmente dos médicos e do meu pai. Mesmo com esses contratempos, não tomei remédios: combati com mudanças na dieta.

Eu estava (e ainda estou) constantemente pesquisando sobre alimentação, e aplicava isso na dieta. Pra evitar de pedir minha mãe para preparar comida “de dieta” e nem obrigar minha família a entrar nessa comigo, eu passei a tentar me virar na cozinha. Não virei chef, mas aprendi a me virar: já conseguia preparar alguns legumes, cozinhar algumas coisas básicas, adaptar receitas para cortar calorias. Assim, aumentava meu interesse por alimentos.
Cheguei em época de pré-vestibular. 3° ano começando, e eu ainda sem saber se faria biologia ou engenharia ambiental. Eu queria fazer uma engenharia mas que incluísse biologia e química. Talvez eu largasse, e fizesse nutrição ou gastronomia devido ao meu interesse por alimentos. E foi tentando juntar todos os meus interesses que decidi meu curso: hoje faço Engenharia de Alimentos na UFRJ.

As duas fotos são de 2010, no começo do ano e no ano novo.

Atualmente

Hoje em dia, como diria o Vitor Hugo do Prato Fundo, sou um obeso sob controle. Com meu peso confortavelmente entre 60 e 63, tenho minha preocupação com a dieta mas adoro comer, mas comer bem. Quem não gosta? Me chama pra um rodízio de qualquer coisa, mas se prepara pra dormir na mesa: você vai.
Dificilmente você vai me ver atacando um pacote de biscoitos, uma bala ou um copo de refrigerante normal (se for zero tá liberado :) ). Se é pra comer, vamos comer direito e com moderação. Não se trata de almoçar um prato de quibes ou devorar um saco de rosquinhas vendo televisão. O que eu busco é ter prazer comendo bem.
Acabo fácil com uma pizza de chocolate, um pedaço de picanha ou uma torta de aniversário, porque não? Durante a semana, voltaremos à alimentação normal.

Considerações finais

Mas é aquilo, dieta é pra vida toda. O que eu aprendi na minha fase de reeducação alimentar, pretendo não esquecer nunca! O que não quero é viver preocupado com “quantas calorias isso tem”, ou “engordei 300 gramas”. Já fui assim e sei quanto isso é prejudicial: é uma verdadeira perturbação mental.
Comer é bom, engordar é ruim, por isso consciência é essencial, tanto pra mais peso quanto para menos. Busque informação, se exercite, aprenda a comer com prazer, e SEJA FELIZ CONSIGO MESMO! A vida é sua, só você decide o que é melhor pra você.
E se for pra comer bem e ser feliz, me acompanha no Jovem Foodie. 
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