Google + Jovem Foodie: Dietas de jejum seriam a chave da saúde?

8 de agosto de 2012

Dietas de jejum seriam a chave da saúde?

Cientistas afirmam que dietas com períodos de ingestão reduzida de alimentos pode ser a chave para o emagrecimento, manutenção da saúde e juventude, além da redução de compostos químicos relacionados ao ganho de peso.

A notícia vem da BBC: o repórter científico Michael Mosley conversou com cientistas que estão investigando as dietas com períodos de restrição alimentar completa e sua ligação com o controle de compostos químicos relacionados ao envelhecimento, ganho de peso e doenças. Através de um experimento, os cientistas observaram que animais expostos a uma dieta de baixíssimas calorias sobreviviam por mais tempo, e de modo muito mais saudável.
A chave, segundo os pesquisadores do Instituto de Longevidade da Universidade da Califórnia do Sul, é o hormônio IGF-1. Este hormônio, além de outros relacionados ao crescimento, mantém as células ativas. Enquanto somos jovens este hormônio é desejado, mas não é bem assim quando o corpo já tem mais idade.
De acordo com o pesquisador Valter Longo, diretor do instituto citado, a maneira mais eficiente de reduzir drasticamente o IGF-1 é com dietas de jejum.
“Você precisa de níveis adequados dos hormônios do crescimento (como o IGF-1) durante o período de desenvolvimento, mas níveis elevados destes hormônios conduzem para o envelhecimento precoce”, disse o pesquisador. Os pesquisadores observaram ratos modificados para não responderem ao IGF-1: eles apresentaram vida 40% mais longa que a média (se fossem humanos, seria como se tivessem 160 anos), e não se degeneraram ao longo da vida. Para morrer, eles "caiam para o lado, mortos" ao invés de se degenerarem até a morte.

Leia a postagem completa para entender como isso se relaciona com perda de peso, e ler o caso de sucesso do repórter da BBC.

Dietas restritivas são a chave?

Dietas de jejum são simples: nos períodos de alimentação, você pode se alimentar com o que quiser, e nos períodos de jejum não come nada ou se restringe a poucos alimentos de baixa caloria e água. Este tipo de dieta não é divulgada pela comunidade médica porque poderia levar aos dois extremos: distúrbios como anorexia (o paciente deixaria de comer por mais tempo que o recomendado) ou desistência de pacientes mais gordos.
O repórter da BBC Michael Mosley testou o jejum e passou seu relato:
A primeira dieta consistia de 3 dias e meio de jejum quase completo, quanto ele não ingeriu nada além de um prato de sopa de baixa caloria, chá preto e bastante água. Apesar deste jejum, ele não sentiu fraqueza, dor de cabeça e nem fome, e dormiu muito bem.
No final de 3 dias, calcula-se que ele tenha deixado de ingerir 7500 calorias. Como 450 gramas de gordura correspondem a 3500 calorias, ele pôde perder 900 gramas de gordura. Testes sanguíneos indicaram que o nível do IGF-1 reduziu significativamente.

Entretanto, ele não conseguiria fazer jejuns de 3 dias regularmente, e resolveu mudar para algo menos extremo, a dieta do Jejum em Dias Alternados (JDA): em um dia comia o que quisesse, e no outro não poderia passar de 600 calorias.
Esta dieta foi recomendada pela dra. Krista Varady, da Universidade de Illinois, que a testou em 16 pessoas por um período de 10 semanas. Um dos grupos se alimentava de carnes magras, frutas e verduras, enquanto o outro comia lasanha e pizza.  O surpreendente é que todos os indivíduos do estudo perderam peso, independente se comiam muita ou pouca gordura nos dias de alimentação. A doutora atribui isto ao jejum.
Além do peso, ambos os grupos apresentaram quedas similares no mau colesterol (LDL) e na pressão arterial.

Apesar de menos restritiva, o repórter optou por manter uma dieta ainda menos severa: o jejum se restringe a um ou dois dias na semana. Ele começou esta dieta pesando 85,7 kg, e já havia perdido 9 kg após 6 semanas. Ele também relatou diminuição na glicose, colesterol e IGF-1. O repórter pretende manter a dieta até o fim da sua vida.
Fonte: Daily Mail

Quando li sobre as "fasting diets" (dietas de jejum) pela primeira vez, pensei em fazer. Não segui em frente pela falta de mais estudos sobre isso, mas agora estou considerando-as de novo.
E você, conseguiria ficar períodos de jejum por uma vida mais saudável?
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Oi Guilherme,
    A teoria já era conhecida há anos, embora eu não conhecia estudos comprovatórios, a ideia é interessante se não se entrar em exageros perigosos.
    Abraço,
    Vânia

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  2. A questão é sempre moderação, né

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